Tenho observado ao longo de meus anos de atendimento como tricologista um aumento na procura para o tratamento da alopecia areata. Essa doença tem como característica o aparecimento de falhas de cabelo no couro cabeludo podendo se espalhar por toda a cabeça em alguns casos.
As pesquisas e publicações médicas sempre apontaram para o fator autoimune como causa primária, no entanto existem fatores subclínicos, como a tireoidite de Hashimoto, que também é uma doença autoimune e compromete a tireoide. Em linguagem bem simplificada, as doenças autoimunes caracterizam-se pelo inesperado ataque das células de defesa do organismo a algum órgão ou tecido.
Há que se ressaltar ainda que fatores emocionais podem estar intimamente ligados a tal doença e que um acompanhamento psicológico em tais casos não deve ser descartado, haja vista o comprometimento da qualidade de vida da pessoa acometida, bem como o aparecimento de ansiedade e depressão.
Os tratamentos clássicos são feitos a base de corticosteróides que ajudam a fazer imunomodulação ou imunossupressão, devendo sempre ser prescritos pelo profissional médico que acompanhará a evolução do paciente com exames específicos; no entanto, quanto mais cedo se iniciar o tratamento maiores são a chances de se obter bons resultados.
Além dos tratamentos acima mencionados é importante a intervenção de terapias como a microcorrentes, o laser de baixa potência, dentre outras opções. Isso pode trazer, em alguns casos, benefícios significativos à pessoa que muitas vezes sofre até com preconceitos dada a aparência que a doença pode causar à mesma.
Por Giovane Araujo, especialista em Tricologia do Lane Hair Institute.